1º Capitulo Caos
E de noite, num castelo vê-se uma luz e sons de batalhas, no meio desses sons ouve-se um grito de mulher. Num quarto do castelo está a dar á luz uma mulher formosa mas com o rosto coberto pela dor. Uma parteira ao lado ajuda-a. Escuta-se um bater na porta e a parteira desembainha uma adaga e vai abrir, um homem entra de rompante olhando so de relance para a adaga na mão da parteira.
-Temos de nos apressar nao aguentamos muito mais! - informa ele
-Já! Não conseguem aguentar mais tempo?-pergunta a parteira
-Não, eles redobraram os esforços quando começou o parto.- informa ele
-Ainda vão demorar um pouco, vamos Larissa tu consegues- diz ele
-Ela nao aguenta muito mais Richard desculpa nao posso fazer nada.- fala ela triste
Não, não! - retorque ele com as lagrimas a cair segurando a mão da Larissa
Richard- diz a Larissa debilmente- protege o Solovan, a Elenor e o Sean.
-Mas tu tambem vens, vamos proteger os nossos filhos juntos.- afirma ele com as lagrimas a desfilarem-lhe pelos olhos.
Os barulhos de confrontos la fora começam a cessar e a parteira, irrequieta, mexe-se de um lado para o outro nervosa, a luz do candeeiros tremeluzia quando a parteira num tom apressado disse.
-Temos de ir Richard.
E puxando-o carrega um objeto parecido com uma cesta, de onde se ouvem choros de crianças. Ao sairem o Richard olha para tras, para aquele quarto escuro onde a Larissa estava a viver os seus ultimos momentos sozinha.
Ao atravessarem a porta dois soldados que estavam a espera do Richard fizeram continência e prepararam as suas armas para abrir caminho ate ao portão escondido das traseiras do castelo.
Quando chegaram ao fundo do corredor depararam-se com dois corredores, um que conduzia a parte de trás do castelo e outro que conduzia ao pátio desse mesmo, logo ao virarem-se para ir para a porta que ia até as traseiras, ouviram um barulho e mal se viraram, a do pátio caiu e de lá sairam varios demónios. Um deles carregava um arco duma matéria tão escura, que parecia ter sido feito na mais escura das noites, por alguem que tenha o seu coração nela mergulhado. Não ouve tempo de reação, ouviu-se um barulho como se de uma vespa se tratasse e um dos soldados caiu com uma flecha cravada no coração. O outro apressou-se a levantar o escudo para não ter o mesmo destino que o colega, e foi mesmo a tempo pois outra flecha veio cravar-se no escudo. Logo emseguida disse:
-Vão Lord Richard e Dama Lillian eu tento aguentá-los.
O Richard e a Lillian apressam-se em direçao á porta e do outro lado ouvem o chocar do aço, sabendo que o soldado nao aguentaria muito mais, mas não seria preciso muito mais tempo pois estavam quase a chegar ao seu destino. O som do aço para de se ouvir e os sons de batalha na fortaleza cessam.
O silencio e de gelar o sangue pois traz uma brisa de morte, começam-se a ouvir rugires e guinchos. Ambos se preparam e começam a baixar a ponte levadiça. Quando acabam de baixa-la, a Lillian atravessa a ponte, o Richard olha uma ultima vez o local de repouso eterno da sua Larissa e em breve de todos os que la estavam. Ao longe por onde tinha passado, o mesmo demónio com o arco negro aparece seguido de dois imps.
O Richard eliminou rapidamente os dois imps tendo mais dificuldade em acabar com o ultimo demónio pois era na realidade um perdido.
Quando acabou, o Richard viu uma figura, algo que o assustou pois o que ele era, um espectro que o fez gelar ainda mais por fazer lembrar-lhe uma pessoa que o ajudara-a, de seguida uma luz azul cegou-o e deu-se sozinho. Olhou em volta mas não vendo ninguem afastou-se e juntou-se a Lillian, ao distanciarem-se viram-se e vêm uma explosão esmeralda que acaba com tudo o que sobrava no castelo vivo ou morto deixando ruinas as quais o Richard sabia ainda terem um segredo.
Ao virarem costas o Richard pensa:
Se um dia tiver tempo terei de cá voltar para desenterrar uma das coisas que foi bem preciosa para mim e para a Larissa.
O dia começa a raiar e reflete na terra o rio de sangue contido pelas grandes muralhas.